segunda-feira, 22 de abril de 2013

Felicidade vicia





É... Felicidade vicia! Vicia mesmo, e tudo o que vicia faz mal. Todo vício faz mal, você fica dependente e não é feliz sem isso. Hoje eu sou uma dependente. Porque por 2 meses, mais ou menos, que foi o período das minhas férias, eu tive a felicidade vinte e quatro horas por dia - e não menos que isso. Eu fui feliz por completo, eu dei risada de verdade até o estômago doer, eu estive apenas com pessoas com quem eu queria estar, me senti à vontade, eu brinquei muito como uma criança sem pensar nas consequências, sem pensar se estava ou não pagando micos ou passando por vergonhas. Eu fiz só o que eu queria fazer, eu fui só aonde eu queria ir, eu li tudo o que eu quis, eu estudei também apenas os assuntos que eu quis. E uma semana antes de acabar as férias e eu voltar para a faculdade, eu fui caindo na real. Então fui presa dentro de mim e não tive minha despedida das férias, da liberdade. Então comecei a faculdade. Eu não estava feliz, eu não estava empolgada por ter voltado às aulas, eu não estava empenhada nem animada para estudar, porque eu não queria. Eu não queria estar ali, não ainda.

Não estava pronta.
Ainda não estou pronta.

Sentia como se eu estivesse em um vortex do qual não conseguia escapar. Me bateu um desespero, ainda sentia o mundo girando, sentia o furacão que se instalou dentro de mim, a guerra de aceitação da realidade da qual não conseguia vencer... Ou perder. Foi uma guerra violenta. Sempre é. Por vezes fatal. Eu gosto do que estudo, porém não estava feliz. Queria estar. Eu conseguia segurar meu vício, mas estava sofrendo por isso. Então me veio a questão: Me entregar ao vício da felicidade ou ser forte e seguir em frente sofrendo?

Me entreguei.

Decidi continuar sendo feliz. Meu mundo virou de pernas pro ar. Muita coisa se destruiu, até família eu perdi, por não entenderem que eu queria ser feliz acima de tudo e não importava como. Fazer o quê?
Não há escolha sem renúncia.
E eu renunciei o que foi preciso pra ser feliz. Talvez isso não seja tão bom, mas meu lema é "felicidade acima de tudo" desde que fui feliz pela primeira vez.
Encaro essa vida deprimente que eu tinha como uma cúpula, assim como a cúpula do filme Os Simpsoms, pra ilustrar bem. É difícil sair. Primeiro é difícil pensar em quer sair. Mas quando se coloca algo na cabeça... E eu coloquei, comecei a pensar, a refletir, e decidi ser feliz acima de tudo. Assim, consegui escapar da cúpula. Mas, quando escapei, quando vivi a vida, não quis voltar atrás, porque ninguém quer voltar atrás quando conhece algo novo que faz seu coração bater mais rápido e mais forte, quando se sente a adrenalina que algo causa, quando sente aquela alegria, o sentimento de paixão, aquele êxtase. Quando se aprende a viver e ser feliz, se deixa de lado a vida que o sistema impõe. Foi o que eu fiz. E quando eu deixei  de lado o sistema, percebi como se entra em depressão, porque assim percebi que não há meios de se viver sem ele...
Aí comecei a cair.
O vortex piorou.
E ainda está piorando.
Caindo...
Caind...
Cain...


sábado, 6 de abril de 2013

Saudade

Boa tarde, pessoas lindas!

Isto é apenas algo que escrevi sobre saudade uns meses atrás e acabei de encontrar escrito num papel aqui...

Saudade é como o Venom, você sabe que dói, você sente, sabe que te faz mal e tenta arrancar; tentar arrancar é como arrancar pedaços da alma. Machuca, mas é necessário e no fim você se acostuma a viver sem. Dá vontade de sentir de novo tudo aquilo, mas só de pensar em passar por essa dor novamente, desanimo e desisto. É tudo questão de costume. Eu só queria ser feliz para sempre.


Independente de como, com quem, aonde.